Com as taxas de desemprego disparando em todo o mundo, prolongados períodos de quarentena e uma crise sem precedentes para a história da economia mundial, são muitas as alternativas que vêm sendo tomadas para “driblar” esse período difícil: cursos online, trabalhos em casa, trabalhos digitais, entre outros.
As pessoas forçadas a ficar em casa sem uma fonte de renda estão aprendendo novas habilidades para sustentar-se. No entanto, um interesse no mínimo curioso vem sendo despertado nas pessoas: como se tornar um hacker.
Exatamente isso que você leu, muitas pessoas parecem estar cada vez mais olhando o cybercrime (crimes virtuais) como uma fonte potencial de renda. As informações são da CyberNews.
Dados e Estatísticas
Durante os meses de março, abril e maio, as pesquisas relacionadas a hacker, fraudes e outras formas de cybercrime ocorreram rapidamente e se tornaram expressivas.
Termos de pesquisa inovadores também surgiram, tais como “curso de hacking” e “curso de hacking ético”, atingindo todos elevações de tempo.
Os tópicos “hacking” e “scamming” são os mais buscados, além disso, buscas relacionadas a cursos ou expressões do tipo dispararam, o que indica um crescente interesse no submundo da internet.
Dos 15 termos de pesquisa relacionados a cybercrimes, dois estão atingindo máximos de todos os tempos, 5 atingiram máximos de cinco anos, enquanto 8 termos de pesquisa atingiram máximos de doze meses.
Ainda mais importante: os aumentos nas pesquisas e no tráfego parecem estar correlacionados com o ínicio das medidas de isolamento em todo o mundo.

Buscas por cybercrime
Investigando as estatísticas do Google Trends e da SimilarWeb, a CyberNews observou que as pesquisas na web relacionadas a hackers, fraudes e outras formas de cybercrime aumentaram drasticamente.

Consultas de pesquisa para palavras-chave relacionadas ao aprendizado do cibercrime “como invadir”, “como se tornar um hacker”, “tutorial sobre hackers” e “império de mercado” (o maior mercado de dark web do mundo), também viu aumentos consideráveis durante março e abril.
Além disso, as visitas a sites e fóruns hackers populares aumentaram em até 66% em março.
“À medida que o interesse pelo cybercrime continua a aumentar durante a pandemia de coronavírus, as fileiras de criminosos cibernéticos recém-formados continuarão a crescer”, destacou o CyberNews.
O que fazer?
A CyberNews adotou uma postura para o evento e declarou:
“quando muito mais pessoas manifestam interesse em se tornar um cibercriminoso, nem as empresas nem os indivíduos devem permanecer reativos quando se trata de segurança cibernética, independentemente da porcentagem de interessados que se tornam blackhats reais. É hora de adotar uma abordagem mais proativa.”
Embora o pico de interesse no assunto só tenha aumentado, isso não quer dizer que teremos mais criminosos na rede e um aumento real nas estatísticas de cybercrimes.
A Cybernews afirma, no entanto, não tem dúvida de que eles terão pelo menos algum efeito nos relatórios de crimes virtuais no final do ano.
Adquirir aprendizado necessário para tornar-se um hacker é demorado e difícil, o que elimina mais da maioria dos interessados, que só querem um modo fácil de realizar um hack, algo que não existe.
Devemos, ainda assim, continuar mantendo nossa atenção no cenário. Adotar medidas de segurança é fundamental, pois sempre há pessoas má intencionadas, considerando também que nos últimos tempos comprar um malware é mais fácil do que nunca.
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